Diversifique o seu portfolio, investindo nos metais
Conheça as nossas escolhas de investimento para si.
O desenvolvimento tecnológico e a transição energética explicam a mineração de todos os 86
metais na tabela periódica de elementos, quando comparado com cerca de uma dúzia no século
20. Estes metais são utilizados em diversos setores e indústrias:
Produção de energia: energia eólica, painéis
solares, centrais hidroelétricas e termais, hidrogénio, lâmpadas eficientes, etc;
Transportes: carros, camiões, aviões,
comboios e navios;
Construção: materiais de construção;
Saúde: novos equipamentos médicos;
Comunicação: telemóveis, computadores,
tablets, chips, etc;
Agricultura: fertilizantes e equipamento
agrícola.
Estima-se que todas as reservas de cobre identificadas em 2010 estejam quase esgotadas em 2050
Um dos metais mais apetecíveis é o cobre, com uma utilização bastante massificada, em setores tão díspares como a construção (28%) ou maquinaria (15%). Estima-se que todas as reservas de cobre identificadas em 2010 estejam quase esgotadas em 2050, pelo que se anteveem maiores restrições ao nível da extração e produção. A procura deste metal não deverá abrandar. A título meramente exemplificativo, uma simples turbina eólica pode conter entre 950 kg a 5 toneladas deste metal. Também o cobre entra na produção de um smartphone, sendo o metal com maior peso na sua composição.
A prata também se encontra sob pressão, com uma utilização significativa na indústria automóvel e de energia. É usada tanto nas conexões elétricas dos carros elétricos (interruptores, relés, conectores, disjuntores e fusíveis), como em todos os circuitos elétricos presentes num carro moderno (passando desde o arranque do carro ao abrir das janelas).
O níquel é sobretudo usado na produção de aço inoxidável (70%). Atualmente, apenas 6% da produção deste metal se destina às tecnologias da energia. Porém estima-se que em 2050, mais de 2 milhões de toneladas por ano vão ser absorvidos pelo setor das baterias elétricas.
O paládio é essencialmente destinado a conversores catalíticos (83%), sendo que a sua procura deverá continuar a crescer nos próximos anos, à medida que se assiste a um aumento da procura da China, ao declínio do gasóleo e a novos standards ambientais. Para a produção de conversores catalíticos, na indústria automóvel, é usada também platina. Estes conversores ajudam a reduzir os poluentes não queimados pela combustão, convertendo cerca de 95% dos gases de escape em elementos menos tóxicos.
O alumínio tem uma utilização diversificada, que vai da construção (25%) aos transportes (23%), à eletricidade (12%) e às máquinas (11%).
Já da produção total de zinco, metade destina-se atualmente à construção. O setor automóvel atualmente responde apenas por 21, mas espera-se que a sua utilização duplique até 2050.
O chumbo é utilizado quase em exclusivo na produção de baterias de todo o tipo (87%) e neste momento a procura global por este metal já ultrapassa a oferta, devendo este desequilíbrio manter-se no futuro.
As energias renováveis acabam por consumir mais metais que as energias convencionais
O caminho para a transição energética já está a ser percorrido e os objetivos traçados para 2030 são ambiciosos, onde a produção de energia renovável sairá reforçada (energia solar: 4x; eólica: 3x; hidroelétrica: +32%; geotermal: 3x; e biomassa: 3x) em detrimento do petróleo e do carvão, que deverão ser eliminados.
As energias renováveis acabam por consumir mais metais que as energias convencionais, pelo que a rápida transição energética que se está a encetar significará um aumento significativo da procura por metais. E grande parte dos metais são considerados matérias-primas críticas, isto é, são usadas em numerosos setores e indústrias, e a sua substituição não é de todo possível ou fácil.
O aquecimento global, tal como outras indústrias, afeta também a mineração dos metais, uma vez que os seus ativos estão expostos aos crescentes riscos climáticos e de stress hídrico, colocando assim em causa a transição energética e podendo afetar significativamente o preço dos metais.
A utilização estratégica dos vários metais, o desenvolvimento tecnológico, nomeadamente o associado à transição energética, explicam o acréscimo de procura, justificando a sua pertinência deste tema de investimento. Finalmente e não de somenos importância, é inegável o contributo da classe das matérias-primas, na qual os metais se inserem, para a diversificação de uma carteira de investimento.