"Aumenta o Risco das Tarifas Comerciais dos EUA e Geopolítico "
Para que não perca de vista o que de mais importante se passou neste mês, destacamos de forma sucinta os principais acontecimentos que marcaram a economia global e os mercados financeiros.
Tarifas EUA: a 4 março iniciam-se com 25% sobre o México e Canadá; em abril haverá tarifas recíprocas a todas as importações dos EUA.
Ucrânia: EUA pressiona Ucrânia no acordo das terras raras. Europa reitera apoio à Ucrânia e aumenta investimento em defesa, face à ameaça dos EUA de reduzir apoio militar a toda a Europa.
Alemanha: CDU venceu eleições e seu líder (Merz) anunciou coligação de governo em 2 meses.
Outlook 2025?
O sentimento de incerteza, imprevisibilidade e surpresa nos EUA, está a condicionar a Fed, os mercados e a perceção dos consumidores. O resultado está a ser uma tendência de evolução dos mercados muito diferente do consenso projetado no final de 2024. A solução é o back to basics: elevada diversificação.
Ao nível da economia global, o mês foi marcado pelos seguintes fatores e acontecimentos:
EUA: confiança dos consumidores do Conference Board de fevereiro recuou de 105,3 para 98,3 pontos (maior queda mensal em 3,5 anos). IPC de janeiro subiu 0,5% MoM (3% YoY), com contributo da alimentação (efeito da gripe das aves e subida do café). O IPP também subiu 0,4% MoM e 3,5% em termos homólogos.
ZONA EURO: Inflação de fevereiro desceu para 2,6%. Com contributo forte dos preços dos serviços e dos alimentos e com a única queda a ser da energia. O PMI compósito manteve-se em 50,2.
CHINA: em janeiro o IPC subiu para 0,5% YoY. O IPP manteve-se nos -2,3% YoY. o ISM Serviços recuou de 52,2 para 51 (vs. 52,4 estimado).
O acompanhamento da evolução dos mercados financeiros, a par da diversificação de investimentos, é um pilar base para a construção de uma carteira de investimentos adequada. Saiba resumidamente o que marcou os diferentes mercados este mês.
AÇÕES: destaque do mês vai para o Hang Seng (+13,6% em dólares), que beneficiou do otimismo em torno da tecnologia chinesa após a chegada do Deep Seek. As ações europeias voltaram a superar as dos EUA, especialmente, o Stoxx 600. Resultados encorajadores das empresas europeias, além do reforço das expetativas de paz na Ucrânia, superaram as incertezas sobre as tarifas dos EUA. Facto que não ocorreu com as ações dos EUA, onde, além das tarifas, foi penalizado por dados macro piores que o previsto, com o pior desempenho mensal em 22 meses das 7 Magnificas (-8,8% MoM).
OBRIGAÇÕES: as yields da dívida dos EUA desceram mais que as europeias em fevereiro, face a: i) receios de desaceleração da economia dos EUA (mercado já antecipa dois cortes de 25 bps pela Fed em 2025); ii) reforço da aversão ao risco geopolítico. Na Europa, o movimento foi mais ténue, dado o seu crescimento puder ser impulsionado por uma trégua entre a Rússia e a Ucrânia. Também pesaram as preocupações com o aumento da dívida para investir em defesa.
CÂMBIOS: dólar perdeu terreno face às principais moedas, dado os receios crescentes do impacto negativo no crescimento das medidas de Trump. O iene valorizou com a subida dos juros de referência e por ser uma moeda de refúgio.
MATÉRIAS-PRIMAS: o ouro continua a valorizar com os receios das guerras comerciais e dos riscos geopolíticos. Já o petróleo recuou, com estimativas de redução da procura, penalizadas pela política de tarifas dos EUA.
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