"Todos à espera dos Resultados das Eleições nos EUA"
Para que não perca de vista o que de mais importante se passou neste mês, destacamos de forma sucinta os principais acontecimentos que marcaram a economia global e os mercados financeiros.
EUA: o desempenho melhor que o esperado ao nível das vendas a retalho e do mercado de trabalho consolidaram o cenário de soft landing.
BCE: anunciou o corte da taxa de facilidade de depósito em 25bps para 3.25%, justificando pelo claro processo de desinflação em curso.
FMI: prevê um crescimento global de 3.2% em 2024 e 2025. Mas alerta para o risco geopolítico elevado (militar e medidas protecionistas), com possíveis impactos negativos nesse crescimento.
Trump Trade
O mercado ajusta-se à esperada vitória de Trump, com as suas medidas inflacionistas, que fazem as yields das obrigações subirem e o dólar valorizar. A confirmação da sua vitória poderá reforçar esta tendência, incluindo valorização acionista. Mas o receio do aumento déficit dos EUA está também presente.
Ao nível da economia global, o mês foi marcado pelos seguintes fatores e acontecimentos:
EUA: PIB cresceu 2.8% anualizado no 3Q (3% 2Q), com o consumo privado a acelerar de 2.8% p/ 3.7% (suporta cenário de soft ou no landing). Em setembro, o consumo pessoal das famílias cresceu 0.5% MoM (vs. 0.3% em agosto - deflator core estável nos 2.7% YoY).
ZONA EURO: PIB do 3Q cresceu 0.4% QoQ na ZE e 0.2% na Alemanha vs. 0.2% e -0.3% no 2Q. Em outubro, a inflação da ZE subiu de 1.7% para 2% YoY (via efeito dos preços base da energia).
CHINA: o PIB do 3º trimestre cresceu 4.6% YoY. A produção industrial subiu 5.4% YoY e as vendas a retalho, superaram as expetativas ao crescer +3.2% YoY.
O acompanhamento da evolução dos mercados financeiros, a par da diversificação de investimentos, é um pilar base para a construção de uma carteira de investimentos adequada. Saiba resumidamente o que marcou os diferentes mercados este mês.
AÇÕES: a forte resiliência da economia dos EUA respaldada em diversos indicadores macro, tiveram um impacto positivo nas ações na primeira quinzena de outubro. Essa euforia foi desvanecendo face à provável moderação dos cortes dos juros pela Fed, guidances abaixo das exigentes espetativas na earnings season (designadamente das big techs) e da elevada indefinição de quem será o novo presidente dos EUA. As correções da segunda quinzena levaram os principais índices a fechar outubro no vermelho.
OBRIGAÇÕES: as yields da dívida pública subiram nos dois lados do Atlântico Norte em outubro. Esta subida reflete uma redução de expetativas de cortes de juros pela Fed, bem como a perspetiva de uma política económica mais protecionista e de um aumento do défice orçamental sob uma vitória de Trump.
CÂMBIOS: dólar valorizou significativamente face às principais moedas. Este movimento é explicado pela: i) expetativa de redução menos agressiva dos juros pela Fed; ii) crença do mercado na vitória de Trump, onde suas medidas protecionistas tendem a pressionar em alta os preços e salários e, por consequência, os juros favorecendo o dólar a curto/médio prazo.
MATÉRIAS-PRIMAS: a escalada do conflito do Médio Oriente, trouxe ansiedade acrescida aos investidores, preocupados com eventuais perturbações no fornecimento de petróleo e de energia, levando à valorização do petróleo. Já o ouro, continuou a beneficiar do seu estatuo de ativo de refúgio.
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