O conflito na Ucrânia, enquanto ameaça à paz euro-atlântica, à economia internacional e à estrutura global energética, alertou o mundo para a importância da estabilidade e segurança no quotidiano. A par disso, os sucessivos conflitos no Médio Oriente, marcados por tensões geopolíticas persistentes, crises humanitárias e impactos no fornecimento energético, reforçam ainda mais a urgência de soluções para garantir um futuro mais seguro e sustentável.
Um dos relatórios do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento relata uma crescente sensação generalizada de falta de segurança, incluindo nos países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este fenómeno está maioritariamente associado às tecnologias digitais, desigualdades económicas e conflitos sociais, e tem impacto tanto na comunidade local como na esfera internacional.
“Os 32 países membros da NATO acordaram aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB até 2035”
Sendo a segurança uma necessidade primária, continua a ser uma prioridade dos líderes mundiais. Em 2024, os países da União Europeia gastaram 326 mil milhões de euros em defesa, representando 1,99% do PIB combinado dos 23 Estados-membros que também integram a NATO.
A guerra na Ucrânia veio reforçar esta necessidade, levando a novos compromissos internacionais. Os 32 países membros da NATO acordaram aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB até 2035, destinando 3,5% à “defesa dura” (armas e tropas) e 1,5% à cibersegurança e mobilidade militar. A Alemanha anunciou um novo pacote de 5 mil milhões de euros para apoio à Ucrânia e está a modernizar as suas Forças Armadas com um fundo especial de 100 mil milhões de euros fora do orçamento regular, contornando a regra da dívida. Em França, o presidente Emmanuel Macron antecipou para 2027 o objetivo de dobrar o orçamento militar para 64 mil milhões de euros, aguardando aprovação parlamentar. Paralelamente, a União Europeia lançou o plano “ReArmar a Europa”, que prevê 800 mil milhões de euros em investimentos, incluindo um fundo de 150 mil milhões para compras conjuntas de equipamento militar, enquanto os EUA continuam a pressionar os aliados europeus a reforçar os seus compromissos com a defesa.
“Ocorre um ataque cibernético a cada 39 segundos”
“Ocorre um ataque cibernético a cada 39 segundos”
Atualmente, o conceito de segurança ultrapassa os limites físicos e territoriais, estendendo-se ao universo digital. Esta transformação trouxe consigo novos desafios: o cibercrime deixou de ser uma ameaça isolada para se tornar uma verdadeira força económica global. Segundo o World Economic Forum, se o cibercrime fosse considerado uma economia, estaria entre as três maiores do mundo em 2025, com um custo estimado superior a 10,5 biliões de dólares por ano. Neste contexto, são cada vez mais as atividades do nosso quotidiano que exigem um ecossistema digital seguro:
No entanto, apesar do inquestionável destaque do mundo digital, a segurança no mundo real é, e será sempre, inerente à condição humana e essencial para o seu desenvolvimento. Além disso, as novas tendências demográficas, sociais e de sustentabilidade têm moldado as necessidades de segurança relativas ao quotidiano dos cidadãos:
“O mercado global de sistemas de segurança residencial poderá atingir os 109,4 mil milhões de dólares em 2030”
Notoriamente, a segurança é um mercado resiliente e diversificado, dado o seu caráter de inevitabilidade em qualquer país, setor ou circunstância. De acordo com a Business Research Insights, o mercado global de segurança está avaliado em 132,19 mil milhões de dólares em 2024 e deverá atingir 310,37 mil milhões até 2033, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 9,95%. Existe assim, um universo de investimento repleto de oportunidades por aproveitar.
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