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Simples e direto!
Só decide como o seu investimento será gerido:
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Algumas situações clínicas podem e devem ser controladas à distância através de telecuidados 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Saúde, Lifestyle, Sustentabilidade
A telemedicina
será uma parte visível da transformação económico-social desencadeada pelo Covid-19. Novas
áreas serão exploradas para assegurar cuidados médicos com menor custo, em grande escala e
mais personalizados. O “Hospital Inteligente” vai dar os primeiros passos.
Qual o futuro da saúde numa realidade em que as novas tecnologias
começam a liderar o setor?
Todas as áreas relacionadas com a saúde,
desde as unidades hospitalares às farmácias, estão a ser impactadas pela transformação
digital. E têm de pensar, cada vez mais, através da tecnologia.
O próprio utente de
cuidados de saúde exige, cada vez mais, tecnologia. Quer ter mais conveniência
e aproximar a sua relação com o seu médico ou enfermeiro, através dos meios tecnológicos de
que dispõe. As unidades hospitalares também sabem que é cada vez mais difícil ter camas para
todos os doentes, pelo que algumas situações clínicas podem e devem ser controladas à
distância - através de telecuidados 24 horas por dia, 7 dias por semana – reduzindo assim
situações de emergência e melhorando a tomada de decisões clínicas e os resultados em saúde.
Tecnologias como a medicina de precisão, impressão 3D, nanotecnologia, inteligência
artificial ou mobile health vieram para ficar e prometem revolucionar a indústria e a
vida de todos nós.
O desafio será providenciar cuidados de saúde com menor custo, em grande escala e mais personalizados e, nesse âmbito, a área de mobile health é uma das mais promissoras.
No âmbito da tecnologia aplicada à indústria da
saúde, os efeitos sentem-se logo a montante da cadeia de valor, uma vez que estas
tecnologias permitem um maior acerto na investigação e desenvolvimento de novos medicamentos
e terapêuticas.
Tecnologias como big data, inteligência artificial e machine
learning estão a ser utilizadas numa fase muito inicial da investigação e o impacto é
enorme na forma como hoje se investiga e descobre medicamentos de uma forma mais
precoce.
Análise de dados, machine learning, modelagem 3D e
simulações digitais são o futuro da Medicina. E podem mesmo iniciar os tratamentos na
fase prematura de algumas doenças, aumentando assim probabilidade da recuperação dos
doentes.
Assim, a tecnologia será, cada vez mais, determinante na sustentabilidade
dos sistemas de saúde. O desafio será providenciar cuidados de saúde com menor custo, em
grande escala e mais personalizados e, nesse âmbito, a área de mobile health (ou mHealth) é
uma das mais promissoras. Em traços gerais, o termo designa a prática de medicina com
recurso a dispositivos móveis, como sejam smartphones ou tablets. Na prática, este tipo de
tecnologia pode, por exemplo, ser utilizado para realizar ensaios clínicos ou facilitar o
contacto entre os doentes e os prestadores de saúde.
A tendência é que mais médicos e outros prestadores de serviços médicos irão
reforçar as consultas online (telemedicina) que a propagação da Covid-19 tem vindo a
intensificar. O procedimento de ligar médicos e pacientes através de consultas por vídeo teve um
início lento na Europa devido à reticência de pacientes, um ambiente regulador hostil,
disparidades nos sistemas de saúde e regras de seguros. Agora, com os hospitais saturados para
lidar com o vírus, os pacientes recorrem com maior frequência a esses serviços e os governos
viram-se na necessidade de deixar de lado as reservas sobre os riscos das ditas "consultas de
sofá" de modo a facilitar a sua regulamentação. Em 2018,
a Comissão Europeia estimou que
o mercado global de telemedicina alcançaria 37 mil milhões de euros até 2021, com uma taxa
de crescimento anual de 14%. A tendência é que esses números sejam superados, pois
as preocupações com o vírus aumentaram a procura, tornando essas consultas mais rotineiras e
amplamente aceites.
O futuro irá residir no chamado hospital inteligente que
conta com uma infraestrutura conectada de dispositivos médicos inteligentes, com o objetivo
de melhorar os procedimentos de atendimento ao paciente e introduzir novos
processos. O objetivo desse tipo de hospital é transformar os dados do paciente em
insights e, em seguida, agir com base nas informações obtidas. Os sistemas captarão dados,
aplicando-os em serviços de inteligência artificial e
machine learning para
fazerem a análise. Em seguida, disponibilizarão informações para os médicos por meio de
computadores, tablets e smartphones.
Saiba que cuidados a ter na constituição da sua carteira de investimentos:
Tem-se intensificado a proliferação de aplicações móveis ligadas à saúde desenvolvidas por empresas tecnológicas.
Um dos fenómenos que se tem vindo a intensificar consiste na proliferação de aplicações móveis ligadas à saúde desenvolvidas por empresas estranhas à indústria – as apps de fitness, geralmente no topo dos downloads, são um bom exemplo disso – ou em parceria com empresas farmacêuticas – a Teva, por exemplo, juntou-se ao Spotify para desenvolver o Parkinsounds, um serviço de música que ajuda os doentes de Parkinson na coordenação motora. Outro exemplo é o Apple Watch que já mostrou, desde que nos foi apresentado, que pretende ser muito mais que um relógio. A Apple trouxe com este equipamento funcionalidades que vão além do fitness tracking, implementando tecnologias que permitem um acompanhamento da saúde do utilizador. Os modelos mais recentes do smartwatch da Apple estão equipados com sensores capazes de detetar problemas cardíacos. Como por exemplo, a fibrilhação auricular que, em determinados casos, pode preceder um enfarte. As Series 4 e 5 do Apple Watch deram um enorme passo nesta área. De referir que foram os primeiros dispositivos de consumo a incorporar capacidade de realizar eletrocardiogramas (ECG) com aprovação das entidades de saúde (inclusive em Portugal).
Tratam-se de softwares concebidos para permitir criar perfis e acompanhar cada utente, desde a fase da prevenção ao tratamento, possibilitando assim melhores cuidados de saúde, a custos controlados. No caso da triagem podia ser feita, por exemplo, por um algoritmo pré-definido e/ou com um chatbot, dependendo da severidade, que identifica se o utente tem de ir para uma sala de urgência, se pode ser atendido remotamente, por uma teleconsulta, ou se deve ir a uma unidade de cuidados primários. Com o apoio da tecnologia, conseguimos aliviar o sistema e melhorar a perceção do utente sobre os sistemas de saúde. Por outro lado, estamos também a permitir que os médicos, enfermeiros e terapeutas se possam dedicar aos casos que necessitam de mais atenção.
Com o apoio da tecnologia consegue-se aliviar o sistema de saúde e melhorar a perceção do utente sobre os cuidados médicos.
Os equipamentos médicos deixaram de ser apenas os que estão dispostos no consultório, incluindo agora aplicativos que podem ser descarregados para os telemóveis dos pacientes.
Existem apps que possibilitam, por exemplo, a monitorização de situações específicas, que são compartilhadas com o médico em tempo real. Isso é algo que deve ficar ainda mais presente nos próximos anos, por conta do desenvolvimento da internet das coisas e as chamadas wearables (eg, pulseiras que são conectadas aos telemóveis e que possibilitam que sejam monitorizados os batimentos cardíacos, a qualidade do sono, a quantidade de vezes que o indivíduo bebeu água, quantos passos foram dados durante o dia, entre outros).
A tecnologia na saúde conta com muitos outros avanços, como a cirurgia robótica, a impressão 3D, a medicina de precisão, a inteligência artificial, a realidade virtual, entre outros.
A cirurgia robótica suscita preocupações, como a total substituição dos humanos pelos robôs na realização de cirurgias, mas é bem provável que isso nunca aconteça.
A cirurgia robótica já é utilizada em procedimentos minimamente invasivos e ajuda os médicos a terem mais precisão, controle e flexibilidade. À medida que a tecnologia se desenvolve,
ela pode ser combinada com a realidade aumentada, permitindo que os cirurgiões visualizem informações adicionais sobre o paciente em tempo real, enquanto ainda estão em operação. Embora a invenção suscite preocupações, como a total substituição dos humanos pelos robôs na realização de cirurgias, é bem provável que isso nunca aconteça. O que está a mudar é o trabalho dos médicos, que podem contar com essa tecnologia para desenvolver um serviço com maior qualidade.
O mesmo acontece com a
impressão 3D, cada vez mais utilizada na área da saúde, para criar implantes e até articulações para serem utilizados durante as cirurgias. As próteses impressas em 3D são cada vez mais populares, pois são totalmente personalizadas. As funcionalidades digitais permitem corresponder às medidas de um indivíduo milimetricamente. Isso possibilita níveis sem precedentes de conforto e mobilidade.
A inteligência artificial detetou casos de problemas como varicela e gripe com taxas de precisão entre 90% e 97%.
Um estudo, publicado na revista Nature Medicine, revelou que a inteligência artificial é mais precisa do que os médicos a diagnosticar doenças pediátricas. De acordo com a publicação, os investigadores descobriram que um sistema gerido por inteligência artificial, que faz o cruzamento de dados de um exame, detetou casos de problemas como varicela e gripe com taxas de precisão entre 90% e 97%. A mesma taxa de sucesso obteve-se para diagnosticar a asma. Com diagnósticos mais precisos, os médicos terão mais resultados positivos ao propor tratamentos adequados aos pacientes, que ganharão muito em qualidade de vida.
Já a realidade virtual oferece novas oportunidades para a pesquisa clínica, avaliações e intervenções, e tem sido usada para testar e treinar novas metodologias e abordagens desenvolvidas.Os avanços neste segmento e os investimentos feitos, principalmente na indústria dos videojogos, potenciam a generalização destes produtos a preços cada vez mais baixos. Atualmente, graças à evolução de tecnologias como os gráficos 3D e o reconhecimento de voz, entre muitas outras, torna-se possível ter uma experiência melhor com a Realidade Virtual Clínica mais convincente e simples de usar. Ou seja, a realidade virtual pode imitar ambientes reais ou criar novos para aplica-los na área da saúde, tanto em pacientes como nos profissionais, estabelecendo-se como um elemento cada vez mais importante. Por exemplo, no hospital Clinico e Provincial de Barcelona testa-se, com sucesso, um sistema baseado na tecnologia 5G que permite aos cirurgiões estar presentes em dois lugares ao mesmo tempo, ainda que de modo virtual.
Big data permite ir além das queixas dos pacientes e organizar toda a informação e apresentá-la de forma a facilitar o diagnóstico e tratamento.
Algo que também tem avançado muito e mudado a forma como os médicos desenvolvem o seu trabalho é a medicina de precisão. Os medicamentos de precisão permitem que os médicos selecionem compostos e terapias para tratar doenças, como o cancro, com base na composição genética de um indivíduo. Esse medicamento personalizado é muito mais eficaz do que outros tipos de tratamento, uma vez que ataca tumores com base em genes e proteínas específicos do paciente, causando mutações genéticas e possibilitando que eles sejam mais facilmente combatidos. Medicamentos de precisão também já estão a ser utilizados para tratar doenças como a artrite e a artrose. Eles usam mecanismos para atacar os genes vulneráveis da doença, enfraquecendo e reduzindo os sintomas e os danos nas articulações.
Na realidade quanto melhor um médico conseguir conhecer e compreender um paciente, melhor será o seu diagnóstico. E graças à big data agora é possível ir além das queixas dos pacientes e organizar toda a informação e apresentá-la de forma a facilitar o diagnóstico e tratamento. Toda a informação pode ser útil: é possível combinar a informação sobre o estilo de vida com a estrutura do ADN, as doenças hereditárias dos familiares, a pressão arterial, o número de passos dados por dia, e através disso prescrever medicação ou mudanças no estilo de vida que sejam certeiras e que realmente tragam resultados.
Já são muitas as opções de investimento atualmente disponíveis no mercado para quem pretenda ganhar exposição a este futuro altamente tecnológico do setor da saúde. Mas para quem se está agora a iniciar, nunca esquecer que o investimento temático deve recolher apenas uma pequena parcela do património do investidor, tendo sempre em mente que esta é uma aposta de longo prazo.
Os especialistas recomendam os fundos ou ETF´S que apostam nestas temáticas. Assim consegue-se uma maior diversificação e mitigação do risco associado a eventuais falências ou ao lançamento de produtos que tenham uma baixa adesão pelo mercado.
Estamos a entrar na era da saúde 5.0 que reserva inúmeras oportunidades para o futuro. Identificamos de seguida, através de uma infografia, os estágios de evolução de muitas das tecnologias já aplicadas e em desenvolvimento na área da saúde e que, de forma sucinta, sustentam a nossa seleção desta temática de investimento.